quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Da lata de sardinha ao conforto

Há muito tempo deixei de usar meu carro para contribuir com o trânsito caótico de São Paulo e com a diminuição da poluição. Usava o transporte coletivo, mas tinha muito transtorno pelo aperto. Para mim, parecia mais uma lata de sardinha. Não tinha onde sentar, pessoas de todo tipo. Sentia até medo de alguns rostos estranhos. A maioria estressada com o empurra-empurra e um odor insuportável.
Não foi à toa o meu medo. De repente, percebi que algo pesou sobre o meu ombro e que estavam mexendo na minha bolsa. Pegaram o celular. Foi muito rápido. Sem noção, peguei rapidamente na mão do moço, dizendo que era meu, em voz alta. Ele fingiu que não era com ele que eu estava falando. Saí de perto. Poderia até ter levado um tiro.
Depois desse fato, passei a utilizar o ônibus fretado. Além da comodidade e rapidez, ele me deixa na porta do trabalho e de casa, na volta. Muitas pessoas, também optaram por esse meio de transporte.
A Prefeitura, com dor de cotovelo e pensando apenas nos lucros, está impondo restrições, mudando a rota dos fretados. Isso causará transtorno em nossas vidas, fazendo-nos gastar mais tempo para chegar ao trabalho. Por esse motivo, melhor optarmos por usar o transporte particular.
Enfim, já que é preferível que se perca tempo no congestionamento, então optamos por congestionar o trânsito e esvaziar o bolso.

Autoras:
Flávia Diogo D. Pinheiro
Isabel Pereira da Silva
Ângela Maria de O. Borelli

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