sábado, 27 de junho de 2009

VIVA SÃO JOÃO!

Elivete Rodrigues da Silva*
Valdenir Zegioth*

Junho, mês das famosas festas juninas.
Sabe... Paguei para ir à festa e não vou. Não porque tenha acontecido algo comigo, mas porque contribuí com impostos e a festa não é para mim, aliás, nem para você!
Criada recentemente, a Ong São João, ligada à empresa pública P, busca outras empresas que participam da festa e seus legados, a título, é claro, de “utilidade pública”, mas que atinge também alguns setores privados. Estou muito enganado ou não faço parte desse público? Talvez porque seja pequeno ou, quem sabe, por não ser deputado. Também por não ser um prefeito e não poder negociar cotas com a São João, nem com a empresa P.
Questionei sobre os convites e só ouvi: “Desculpe, Senhor, mas a empresa nada tem a ver com isso”. Onde consigo meu convite, então?
E o que importa se é meu dinheiro ou o seu que está indo embora? Se somos nós quem “patrocinamos” tais festas? O importante é “valorizar as festas populares”.
Porém, já desencanei, existe sempre um supermercado por perto, e como não existe festa de São João sem pipoca, já inventaram a de microondas. E viva São João!


Crônica produzida com base na leitura de uma notícia de jornal.


*Os autores:
Elivete Rodrigues da Silva é professora de Língua Portuguesa, atuando no Projeto de Recuperação Paralela.
Valdenir Zegioth é professor de Geografia. Atualmente exerce a função de Professor Coordenador Pedagógico.
Ambos atuam na EE Maria Judita Savioli de Oliveira, em Santa Bárbara d’Oeste.

QUE REGIME O QUÊ?

Sérgio Itamar Peres Marques*
Regina Goes de Mello*

Parecia cena de Malhação, mas não era. Quando o inspetor da escola viu uma aglomeração no canto do pátio, não teve dúvida: "Pronto, mais uma desses malditos moleques, sem educação!"
Aproximando-se mais, pode notar que não era uma briga, pelo menos não tinha ninguém caído, sangrando, chorando; apenas os palavrões já costumeiros.
E não é que no meio daquele “vuco-vuco” estava o magrelo Edinho entre os afortunados do pedaço!
As meninas, meio ao longe, observavam as calorosas insinuações endereçadas ao menino indefeso que parecia calmo. O inspetor não estava entendendo nada, apesar de não ser uma briga, propriamente dita, devia ser algo preocupante e entrou no meio para apurar.
Ficou impressionado com o que descobrira: os meninos fortões, musculosos, até obesos, queriam a todo custo que o Edinho contasse o que fazia para ter um corpinho daquele, de bailarino espanhol, e bancar o galã com as meninas que viviam em torno dele; mas ele nem lhes dava a mínima.
- O que será que esse cara come?
- De certo não janta!
- Ou não almoça!
- O cara não come hambúrguer, nem toma refri!
- É! Deve seguir direitinho esses manuais publicados em revistas e jornais por aí...
- Isso aí, é só light, integrais, cereais...
- Qual é cara? Que regime é esse?
Ao que o intimidado moço magro não se conteve em ouvir tanta asneira, arrematou:
- Que regime o quê? Lá em casa, há muito tempo a comida tá escassa, todo mundo desempregado... Se não fosse a merenda da escola!


Crônica elaborada a partir de uma notícia de jornal.


*Autores:
Sérgio Itamar Peres Marques é professor de Língua Portuguesa, atualmente exerce a função de Professos Coordenador de Ciclo I, na EE. Profª Jadyr Guimarães Castro.
Regina Goes de Mello é professora de Geografia, atualmente exercendo a função de Professor Coordenador de Ciclo I, na EE.Profª Sinésia Martini.

MINHA GARGANTA SE ENROLOU E EU ENROLEI O POVO

Daniele Angélica Nardi dos Santos*
Cristina Foster*

Roda a roda da vida! Roda planeta Terra! Gira, gira e volta sempre no mesmo discurso, a “ingratidão do povo brasileiro”.
Durante a semana, em mais um dos seus discursos, o presidente girou e se enrolou dizendo ao povo que não continuaria mais seu discurso, pois estava com dor de garganta. Após mais um giro por alguns países, o povo ouviu a mesma conversa de comparação do seu governo com mandatos que o antecederam. “No meu governo não faltou arroz e feijão na mesa do povo brasileiro” – disse o presidente.
Se não faltou comida para o povo brasileiro, também não faltou pizza para os parlamentares, durante o mandato do presidente Lula, pelo menos é o que anda circulando nas manchetes dos principais jornais do país.
É, meus “companheiros”, não podemos desejar algo a mais do que um prato de comida, que já somos taxados de mal agradecidos. Será que ingrato é o povo, ou a voz que o representa?
Seja lá quem for, eu vou é comer pizza!

Crônica escrita a partir de uma notícia de jornal:

*As autoras:
Daniele Angélica Nardi dos Santos é professora de Língua Portuguesa na EE. Alexandre Bassora, em Nova Odessa.
Cristina Foster é Professora de Língua Inglesa, atualmente exerce a função de PC de Oficina Pedagógica de Língua Estrangeira Moderna - Inglês.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

BODE EXPIATÓRIO

Cleusa Maria Ruiz Antoniassi Giongo*
Miriam de Souza Coelho*

Será que as características da A.C.S, 37 anos, correspondem as de um pirata?
Sua embarcação, a loja, estaria identificada com a bandeira símbolo dos piratas?
Carregava ela em seu ombro aquele papagaio falante, usava tapa-olho, perna de pau e, para completar, tinha cara de mau?
Ela é um pirata moderno. Assemelha-se a um pirata quando não recolhe seus impostos e infringe a lei. Mas, quem neste país, atualmente, tem condições de comprar um produto original? Nem sequer sobra dinheiro para as necessidades primordiais...
Todos têm direito à diversão, à cultura e ao lazer.
Eticamente falando, todos somos culpados. Quem nunca comprou produtos pirateados ou baixou músicas pela Internet?
Vamos ser solidários a A.C.S., 37 anos?
Ah! Pensando bem, deixe-a sozinha curtir seu ato infracional. Afinal sempre existe um bode expiatório.


Crônica produzida a partir da notícia intitulada: ‘Mais uma comerciante é presa com produtos piratas’, publicada em ‘O Diário’ de 30/05/2009.
O fato: Na quinta-feira foi presa em flagrante, em Americana, no Jardim Brasil, a comerciante A.C.S, 37 anos.
Durante operação, policiais civis tiveram denúncia da existência de uma loja que comercializava produtos pirateados. Apreenderam 180 DVDs e 120 CDs. A comerciante foi autuada em flagrante por violação de direito autoral e trazida para a cadeia pública de Santa Bárbara.


*As autoras
Cleusa Maria Ruiz Antoniassi Giongo é Professora de Educação Básica – Ciclo I
Miriam de Souza Coelho é Professora de Língua Estrangeira Moderna – Inglês - na EE. Profª Sebastiana Paié Rodella, em Americana.

PINGA TOMBADA




Alzira Agostinho*
Sarita de Cássia T.Lino de Jesus*


Olha o desperdício!

Trabalhei a noite toda, pensando nela. Só ela poderia
me aquecer. Mas, agora não posso, estou em horário de trabalho. Olho para a lua e me animo, espio o relógio e me desespero, os ponteiros não se movem. Como é dura essa vida de vigilante noturno, parece que faz uma eternidade que escureceu. Faço mais uma ronda na esperança de ver o tempo passar. Como está frio!
Cruzo com um companheiro que reclama da noite que não passa e do frio que desanima. Ouço latidos dos cães, murmúrios dos gatos apaixonados nos telhados. Percebo os primeiros raios da aurora. Até que enfim! Está chegando o momento de encontrá-la.
Termina o meu turno e me encontro no posto de combustível, onde meu pai já me esperava. De repente, uma freada brusca seguida uma derrapada. Corremos para ver o acontecido. Encontramos um caminhão parcialmente tombado na rodovia, com indício de fogo no motor...
Ligo para a polícia militar que se encarrega de avisar o corpo de bombeiro e a Autoban.
Aproximamo-nos do veículo, juntamente com os populares que já estavam no local, para ajudar o motorista que, por sorte, estava consciente e saiu pela janela. Foi logo socorrido por uma ambulância.
Só agora, olhando ao redor, percebo que o caminhão estava carregando aquela por quem passei a noite toda, com água na boca, ansioso por saborear: a “cachaça”. Porém, ao mesmo tempo em que a desejo, lembro-me do meu tio que ficou doente e partiu por causa dela. Agradeço ao fato de a pinga derramar-se no asfalto e evaporar-se. Muitas vidas foram salvas... E, saí de lá lembrando daquela canção: ”Eu bebo sim, e vou vivendo”...

Aliás, eu bebo sim, e com moderação. Mas, quando bebo eu não dirijo!
Enfim mais um dia.


Crônica elaborada a partir da notícia intitulada: ”Caminhão com cachaça tomba na Rodovia Anhanguera”, publicada no jornal ‘O Liberal’de 30/05/2009. Trata-se de “Um acidente envolvendo um caminhão carregado de cachaça interditou a alça de acesso à Americana, na manhã de sábado. O veículo, placas CLU-8833, de Jundiaí, seguia no sentido Interior/Capital quando, por algum motivo ainda desconhecido, tombou na Rodovia Anhanguera, na altura do quilômetro 125. O motorista do caminhão, Valmir Bordo Barbosa, foi socorrido por populares após conseguir sair do veículo ao quebrar uma das janelas.”


*As autoras
Alzira Agostinho é professora de Língua Portuguesa, atualmente exerce a função de Vice-diretora na EE. Prof. Wilson Camargo, em Americana.
Sarita de Cássia T.Lino de Jesus é professora de Língua Portuguesa e de Língua Espanhola na EE.Monsenhor Henrique Nicopelli, em Santa Bárbara d’Oeste.
10/06/2009

O RETORNO DO REI



Maria da Conceição Falcade Bassan Forti*
Noêmia de Lourdes Bernardino Oliveira*

Sem mais delongas. Depois de quase uma década inativo, a recuperar-se de uma crise, o rei D. Roberto Carlos I (e único) retorna aos seus castelos.
Louvável decisão. Após a perda da rainha amada, houve rumores de que não voltaria mais aos palácios por onde reinou por tanto tempo. Tal atitude agradou aos seus fiéis súditos, que sempre acompanharam de perto a sua trajetória de glórias, sofrimentos, manias e superstições, que tanto marcaram sua vida, por onde quer que andasse.
Quem não se lembra do terno branco, do tapete estendido e das rosas vermelhas jogadas aos seus seguidores no final de cada espetáculo? Esse retorno marca meio século de reinado coroado de sucessos.
Não é qualquer artista-rei que consegue essa façanha num país como o nosso, lembrando que cultura não é um produto de primeira necessidade.
A começar pela cidade natal, Cachoeiro do Itapemirim, inúmeras outras cidades brasileiras e até internacionais terão o privilégio de receber o Rei e se emocionar ao som de suas músicas de letras e melodias românticas e até melancólicas. Afinal, são tantas emoções...
Ainda bem que para muitos "viver esse momento lindo", dura menos de dez anos.


Crônica elaborada a partir da notícia publicada no jornal Folha de São Paulo, Seção ‘Gente’, de 24/03/2009. Veja também em:
http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=870054&tit=Roberto-Carlos-anuncia-turne-por-20-cidades-e-megaexposicao-de-50-anos


*As autoras:
Maria da Conceição Falcade Bassan Forti é professora de Ciências e Biologia.
Noêmia de Lourdes Bernardino Oliveira é professora de Ciências, atualmente exercendo a função de Professora Coordenadora.
Ambas atuam na EE.Profª Dilecta Ceneviva Martinelli, em Americana.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Problema ou solução?

Nilva Rodrigues Martins*
Giomário Nunes Torres*

Os muros sempre fizeram parte da história da humanidade! Podemos citar o muro de Berlim que dividia a Alemanha, separando familiares. Temos também a Grande Muralha da China que impedia a entrada de invasores em determinadas regiões.
No contexto atual, temos o muro que Israel está erguendo para evitar a entrada de terroristas Palestinos em seu território.
No Brasil, onde nada se cria e tudo se copia, o governo do Rio de Janeiro está investindo milhões na construção de um polêmico muro, que tem por objetivo impedir o avanço da favela sobre o pouco que ainda existe de mata.
Já temos tantas Histórias sobre muros, muralhas e suas causas, que sabemos não ser solução eficaz para conter moradias invasivas. Se pessoas constroem barracos é porque o governo não cumpre o seu papel de garantir moradia digna aos menos afortunados que, também, vivem cercados de impostos e pagando caro pelo sustento da família.
Se essa idéia “pegar”, logo, na Amazônia será erguida a Muralha do Brasil, com a desculpa de proteger a floresta. E, no Pantanal, vão construir cercas de alambrados em plena planície alagada.
Os muros cariocas poderão tornar-se trincheiras aliadas dos traficantes e, por elas, intimidarão a polícia, causando pânico à população. A ideia do governo pode voltar-se contra ele próprio e causar mais terror ao povo do bem.
Não se resolve um problema ignorando os aspectos que o causa.


*Crônica produzida a partir de reportagem intitulada: "Muros que limitam favelas dividem opiniões no Rio", publicada no jornal “Folha de São Paulo” no dia 13 de abril de 2009.


*Os autores:
Nilva Rodrigues Martins é professora de História e Giomário Nunes Torres é professor de Língua Portuguesa. Ambos atuam na EE Profª Maria Judita Savioli de Oliveira, em Santa Bárbara D'Oeste.

Perdi o final da novela

Antônia Alonge*
José Carlos Castro Rodrigues*


Noite de sexta-feira. Um curto-circuito deixou a cidade sem energia elétrica. O apagão provocou um enorme desespero na população, que passou o dia inteiro na expectativa de ver o final da novela. No escuro, as pessoas desesperadas se perguntavam: quanto tempo demorará para retornar a energia? Será possível ver se a mocinha ficará ou não com o galã da novela?
Provavelmente, o responsável por reparar o defeito deve estar viajando com a família, aproveitando o final de semana e, neste momento, sua esposa e filhos devem estar diante da TV, assistindo ao final da novela, já que o defeito não deve ter afetado outras cidades.
O fornecimento de energia ficou suspenso por um longo período, mas a conta... sempre em dia! E, infeliz de quem não pagar, a suspensão tornar-se-á permanente.
Mas, enquanto isso, os enamorados agradecem... Eles não vivem a novela dos outros.


Crônica inspirada na notícia de jornal intitulada: “Curto-circuito deixa município sem luz”, publicada em O Liberal, de 26/05/2009.


*Os autores:
Antônia Alonge é professora de Língua Portuguesa na EE João XXIII, em Americana.
José Carlos Castro Rodrigues é professor de Ciências, na EE Profª Maria Judita Savioli de Oliveira, em Santa Bárbara D’Oeste.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

MEDO DO VOLANTE

Lucimar Ferraz da Silva*
Vera Lúcia Ferreira Gomes Siloni*


Ônibus lotado, pessoas esbarrando-se umas nas outras. Lugar para sentar... nem pensar! Descer no ponto desejado é contar com a sorte...
O cheiro que exalam após um dia estafante, me atordoa. Nessas horas, vem em minha mente a gaveta do criado-mudo, onde, esquecidos, velhos documentos repousam. Entre eles, a minha tão suada carteira de habilitação, conquistada com muitas sessões de terapia e horas de sono perdidas.
Mas, mesmo cambaleando nessa lotação, nesse cenário deprimente, só de me imaginar no banco do motorista do meu carro (que há dois anos está mofando na garagem) entro em pânico!
O carro se transforma num monstro me devorando, ouço o som das buzinas e já penso que fiz barbeiragens. Sinto calafrios... começo a tremer!
E, assim, nem me importo de descer a dois pontos distantes de casa, já que o motorista sequer ouviu a campainha.
Caminhar é um ótimo exercício, faz bem à saúde!


Crônica escrita com base na reportagem "Treinamento Intensivo" publicada no jornal "Folha de São Paulo" de 24/05/2009 (data provável) - (Veja também em www.intelog.net/site/default.asp)


*As autoras:
Lucimar Ferraz da Silva é professora de Língua Portuguesa. Atua na EE. Antonieta Guizini Lenhare - Americana - SP.
Vera Lúcia Ferreira Gomes Siloni é professora de Língua Portuguesa. Atua na EE.Profª Juvelina de O. Rodrigues - Santa Bárbara D'Oeste - SP

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Mais um i

Maria José dos Santos*
Marli Neves de Almeida Pacheco*

Quem paga a doméstica? O empregador ou a população? Pois é... Temos mais um encargo financeiro: pagar empregada de deputado!
Afinal, um imposto a mais não fará diferença no nosso bolso. Temos um “farto salário mínimo”, pequenas taxas de ICMS, IPTU, IPVA... São tantos “is” que chegam ao “z”.
O tal deputado tem também seus seguidores, é um exemplo, ou você pensa que só os famosos como Xuxa e Ronaldo ditam a moda?
Entretanto, quando é questionado, o excelentíssimo nega o fato, afirma que a “do lar”, ou melhor “dólar” é apenas uma funcionária do gabinete, mas pelo visto, é mais uma funcionária fantasma!
É... precisamos dos eternos “Caça-fantasmas” nessa missão!
Já que temos tantos ‘is’ na vida, que tal propormos uma CPI?


Crônica escrita com base na notícia de jornal intitulada: "Outro deputado usa a Casa para pagar doméstica", publicada na Folha de São Paulo - de 15/04/2009. (veja também em: http://politicaetica.com/2009/04/15/outro-deputado-usa-camara-para-pagar-domestica/)


*As autoras, Maria José dos Santos e Marli Neves de Almeida Pacheco são professoras de Língua Portuguesa. Ambas atuam na EE Profª Irene A. Saes, em Santa Bárbara D’Oeste.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O curso...


Nasceu da ideia de proporcionar, aos professores, momentos de estudo e reflexão sobre o gênero textual 'crônica'... daí o título: A CRÔNICA NA VIDA DO PROFESSOR E NA SALA DE AULA.

Assim, podemos unir o útil ao agradável... O contato mais próximo com o gênero por meio da leitura das mais diversas crônicas, escritas pelos mais diversos cronistas, consagrados e contemporâneos, e desenvolver (ou aprimorar) a competência escritora do professor... extensiva ao trabalho em sala de aula.


Então... Vamos CRONICAR???