quarta-feira, 16 de setembro de 2009

CINE TELEBRASIL

Todas as manhãs, quando acordo, vou ao quarto de meu filho chamá-lo, saio e vou à cozinha preparar nosso café. Da cozinha preciso chamá-lo umas três vezes, até ele se levantar, mas tudo bem, mãe é pra ter paciência mesmo!
Ele chega todo sonolento, puxa a cadeira, senta-se e começa a folhear o jornal, vai primeiro ver a charge e depois o Caderno L, de O Liberal.
Hoje, enquanto colocava as xícaras à mesa, ele me falou:
- Mãe, Americana vai ter cinema outra vez!
- Onde, meu filho?
- Ah, na rua Carlos Alberto Brassoto, ao lado da Casa da Criança.
- É, e qual é o nome deste novo cinema?
- Cine TeleBrasil.
- Interessante, não tinha ouvido falar sobre este novo cinema.
Ele, todo entusiasmado, pois adora aquele que é uma das “sete maravilhas das arte”, me disse:
- É, agora não precisamos mais ir pra Santa Bárbara assistir filme, né mama?
- É, meu filho, infelizmente é um absurdo uma cidade como Americana não ter um cinema, os americanenses que querem ver um filme ter que ir para Campinas, Santa Bárbara ou Piracicaba!
E saber que, nem empresários, nem Prefeitura, ninguém se mobilizou para que não fechassem as únicas duas salas que tínhamos no Wellcome. Mais intrigante ainda, é que a história se repete. Americana já perdeu seus cinemas. O Brasil caiu! O Cacique caiu! Sai Brasil, sai Cacique, entra Wellcome! Nem índio, nem gringo! E os “gringos”, de novo, nada fizeram para não perder. Dinheiro? Não! Não perder “cultura”, não perder o “humano”. Humano? O que será que Nietzsche diria? “Humano, Demasiado Humano”?
Isso, para a cidade de Americana, que se diz tão importante, que investe em cultura, lazer, educação, me parece estar falhando em algo, não acha?
Fiz o comentário e sentei-me para tomar meu café. Não deu tempo de ler meu jornal antes do trabalho.
Saímos perdendo a hora, como todo dia! Sabia que iria ler o jornal só no fim do dia!

Autoras:
Arlete Aparecida Bellani Suzigan
Kátia Regina Mazeto

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