terça-feira, 22 de setembro de 2009

Café da manhã o dia todo?

Alini Mara de Marques

Pesquisei na internet, em revistas e nas agências de viagem com o objetivo de descobrir um lugar dois “bs”: bom e barato, para fazer uma segunda lua de mel e, assim, encomendar um herdeiro, já que o meu prazo de validade está quase expirando.
Depois de muito procurar, encontrei uma pousada aparentemente tranqüila e aconchegante. Tudo o que precisávamos, e o melhor, com todas as refeições incluídas no pacote. Nem pensei no ditado, que diz: “Quando a esmola é demais o santo desconfia”. Pois bem, a santa aqui tratou logo de fazer as reservas.
Arrumamos as malas e nos dirigimos para a tal pousada, crentes de que seria um final de semana agradabilíssimo e que, de lá, voltaríamos descansados, grávidos e satisfeitos com a boa comida.
Quando chegamos, já era noite. Fomos dormir. A cama era boa, macia, cheirosa e não ruía do lugar. Ótima para alcançarmos nosso objetivo.
O café da manhã foi servido às nove horas. Um desjejum farto e muito agradável, com frutas, frios, iogurtes, tudo o que se espera de um autêntico café da manhã.
Em seguida, fomos caminhar pelas redondezas e até comentamos sobre o excelente café da manhã, e que as outras refeições deveriam ser melhores ainda. Vocês sabem, gordinhos sempre pensam nas próximas refeições.
Voltamos famintos para a pousada, depois de horas de exploração das riquezas naturais do lugar. Esperamos o almoço ser servido, mas este para desespero dos nossos estômagos, teimava em não aparecer. Foi aí que percebemos a mesa do café ainda posta. Estranhamos o fato e com vergonha de perguntar, matamos a fome com as guloseimas do café mesmo.
Só na hora do jantar é que descobrimos que o café era servido durante o dia todo. Pedimos explicações ao gerente que nos disse que ali era uma pousada de desintoxicação alimentar, por isso as refeições eram frutas, sucos e iogurtes. Questionei sobre o nome: Por que pousada e não clínica? Ele nos disse que foi opção do dono. Então, aleguei que deveriam informar, adequadamente, no site, sobre o lugar e ele me perguntou se eu não tinha lido as (malditas) letrinhas no canto do anúncio. Depois dessa, resolvi não perguntar mais nada. Apenas, me lembrei de que ficara impressionada com o preço que esqueci de ler o resto.
Mas, enfim, como faltava apenas um dia para terminar o final de semana, resolvemos nos desintoxicar também. Quanto ao nosso objetivo principal... Esse, não alcançamos. Diante dessa dieta forçada, não pudemos direcionar nossas esgotáveis energias para tal exercício físico.

Sobre a autora, 'por ela mesma':

“Nasci na cidade de Palmeira d’Oeste (SP). Sou professora da rede estadual, trabalhei durante oito anos em São Paulo, sendo dois deles na coordenação pedagógica. Foi uma experiência muito enriquecedora. Agora, estou em Americana e adorando a cidade. Adoro ler, e estou sempre disposta a aprender e fazer amizades. Acho amigos uma das melhores coisas da vida, por isso devemos cultivá-los. Sou casada, mas ainda não tenho filhos. Amo intensamente minha família e não consigo viver sem ela. Adoro a vida e suas novidades. Sou afobada e ligada nos 220, não consigo ficar parada e acho que dormir é perda de tempo. Bjs, assim sou eu.”

4 comentários:

  1. Nossa, amei a sua cronica, Parabéns!!! Beijos - Pri.

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  2. Amiga, que café! pelo menos você se divertiu?

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  3. Está difícil fazer um herdeiro!Parabéns pela crônica

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  4. Olá Aline,
    Não desite não, na hora certa certa ele(a) vem.
    Muito legal a cronica!
    Bjs

    Lu

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